Novelas da Vida

Histórias Fa ntásticas

sábado, 24 de janeiro de 2015

      NOVELAS  DA  VIDA  



MARCOS - O MENINO PERDIDO 



CAPÍTULO  10  - ÚLTIMO CAPÍTULO





       Já passava do meio dia quando o doutor Paulo Borges chamou Marcos. A movimen-
tação do hospital tinha diminuido mas ainda estava cheio de doentes   espalhados   pelos
corredores e uma assistente nervosamente pedindo calma.
__É o senhor Marcos? E quem é ele?
__Ah, eu sou Marcos e esse é um amigo que veio me trazer até aqui.
__Venham... vamos até a minha sala.
__Pois não doutor... eu estou anicioso pra...
__Bem, sentem-se. Eu lamento rapaz... mas eu não tenho uma boa notícia pra lhe dar.
__Por favor doutor... me diga logo o quê houve... ela piorou foi doutor?
__A sua mãe faleceu hoje as três horas da manhã. Eu lamento muito rapaz... fizemos  tu-
    do que podemos... mas...
__Por quê eu não fui chamado aqui antes doutor?
__Bem... ela já estava mal a muito tempo. Tinha hipertensão... vivia se lamentando da vi-
    da e ainda tinha diabete. Eu sinto muito Marcos.
__Mas doutor... por quê... por quê?
      Foi necessário que uma enfermeira solicitada pelo doutor Paulo Borges lhe  desse  um
calmante.
__Eu sei que é muito duro ouvir isto rapaz, mas é a vida. Eu luto com isso todos os dias  e
    sei que não é nada fácil. Qual o seu nome mesmo rapaz?
__É joca doutor. A gente trabalha junto.
__Olha quando ele se acalmar um pouco me procure para que eu possa liberar o corpo de-
     la.
__Está bem doutor.
      A noite penetrou naquela pequena cidade trazendo um chuva miuda e Marcos triste no
lado o corpo da sua querida mãe. Pensava consigo mesmo. " Que vida desgraçada, traçoei-
ra. Depois de todos esses anos tentando encontrar a minha mãe e quando a encontro ela es-
tar morta. Não podia esperar mais um pouco para que eu pudesse abraçá-la e dizer Benção
mãe? E ouvir ela responder. Deus te abençoe meu filho. Mas não teve de levá-la bem na ho-
ra que eu estava pertinho dela. Que porcaria de vida ."
__Marcos... Marcos?
__Oi Joca... é que eu estava com o meu pensamento longe.
__Olha... o pessoal aqui pediu pra gente se retirar... eles precisam arrumar o corpo e vão fa-
     zer tudo que você pediu. Eu também já liguei lá pra firma e avisei. O quê você   precisar
     estarei aqui.
__Obrigado Joca... você é um grande amigo mesmo cara.
__Logo estará tudo pronto e viajaremos pela manhã... estar bem?
__Tá bom. Obrigado.
    

                                                     x       x      x


                                              DOIS  ANOS  DEPOIS

__Até que enfim vou visitar a minha cidade Barreiros. Como será que ela estar? E a Graci-
    nha a minha namoradinha? Será que ela vive lá ainda? Olha cara eu já tive algumas ga -
    rotas, mas não consigo esquecer dela. 
__Marcos... você agora é um homem de negócio. Já comprou até o seu carro. Já tá na hora 
    de se casar... ter filhos... construir uma família.
__Souza... você é um bom assistente. Também é meu amigo, mas já ví que não entende nada
    de amor cara. A gente pra se casar tem de encontrar a pessoa certa. No meu   caso   por
    exemplo. O amor da minha vida sempre foi a Graçinha. 
__Você acha que ela ainda está lhe esperando Marcos.
__Não sei Souza, mas gostaria muito sabe.
__É... mais depois de tanto tempo assim né. 
__E você acha que eu estou pra Barreiros só pra visitar a minha cidade é?
__Já entendí então. Tirou essas férias já pensando nisso em?
__E então cara... é isso aí.
     Durante esse tempo Marcos tinha saido da firma e abriu seu próprio negócio. Comprou
um pequeno caminhão e faziam entregas de grandes lojas da região. O negócio   foi  muito
pra Marcos que lhe rendeu de imediato a compra de um apartamento de dois quartos   e  o
seu carro. Chegou a sua cidade às dez horas da manhã. A viagem seria curta pois não pode-
ria ficar muito tempo longe do seu negócio. E logo foi até a vila onde a Graçinha morava.
__Nossa como isso aqui estar mudado. Tá vendo aquela casa alí Souza? Era só mato e do ou-
    tro lado tinha um campo de futebol. Meu Deus... que saudade... dar vontade até de chorar.
    Foi aqui que eu morei e passe a minha infância Sousa.
__É rapaz curta bastante, isso é muito bom.
__Olha... era alí que ela morava.
__E então cara... o quê estar esperando?
__Eu tô com medo... tá me dando uma suadeira danada.
__Que medo que nada cara. Vai lá eu te espero aqui.
      Marcos tomou coragem desceu do carro e foi até a porta da antiga casa. Mudou muito 
pouco, apenas fizeram uma puxada lateral e um cachorro magro foi quem deu a recepção.
__Cala essa boca Pretinho... Vá lá pra dentro... vai logo. Pois não senhor o que deseja?
__Desculpe senhora... eu estou procurando por Graçinha.
__Aqui não tem nenhuma Graçinha senhor... é só eu e meu velho.
__É que ela morava aqui nessa casa... faz muito tempo sabe.
__Olha moço essa pessoa que procura... se for a que eu estou pensando está morando lá per-
    to do velho engenho... perto do rio...
__Ah, senhora eu sei aonde é... muito obrigado em?
__Por nada moço... é cada um que aparece aqui.
__Vamos Souza. Acho que sei onde ela mora agora. Na minha época era também uma peque-
     na vila que ficava bem na frente do rio que a gente brancava. Bem alí... me espera aqui.
__Vai lá Marcos e boa sorte.
__Olá... você conhecer...
__Pois não moço?
__Oh! Me desculpe. Eu estou procurando por Graçinha ela morava lá em baixo e...
__Eu sei quem é Graçinha.
__Sabe... como assim?
__O quê o senhor quer com ela?
__Eu sou um amigo. Amigo de infância. Eu morava bem ali e...
__A Graçinha estar casada moço. Casada com o meu filho Robson. Já tem três filhos e devi-
     do a falta de emprego aqui eles foram para São Paulo. Faz tempo que não me escrevem.
__Ah...me desculpe senhora por incomodá-la.
__Agora o senhor me dê licença que eu preciso fazer o almoço.
__Bom dia senhora.
__E aí Marcos... o que houve? Que cara é essa cara?
__Vamos embora daqui Souza... não quero voltar mais nunca nesse lugar.
__Espera aí cara. Me conta o quê houve... eu quero saber... e além do mais estou faminto.
    A gente vai almoçar não vai?
__Claro Souza... eu também estou com fome. Saindo da cidade lá na estrada tem uma chur-
     rascaria. Lá eu te conto.
      A churrascaria estava bem movimentada e o rodízio foi a pedida certa. Uma garota que
estava na mesa ao lado com uma amiga não tirava os olhos de Marcos.
__Cara essa garota não parar de olhar pra você.
__Você acha é?
__Marcos ela tá vindo pra cá.
__Vocês me dão licença?
__Claro fique a vontade. Disse Marcos.
__É que eu e a minha amiga alí estamos viajando para Porto de Galinhas. Vocês são daqui?
    Eu quero dizer... vocês podem nos orientar?
__Claro... por quê não chama ela pra nossa mesa. Você podem ficar aqui com a gente. Aliás,
     estamos indo naquele direção.
__Oh sim. Eu me chamo Cintia ela é a Andreza.
__Marcos... ele é o Souza. Prazer em conhecê-la.


                                                                     F I  M


    AGUARDEM A PRÓXIMA NOVELA EM  NOVELAS  DA  VIDA   -    RA

    


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