Novelas da Vida

Histórias Fa ntásticas

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

NOVELAS  DA  VIDA  

QUE  PAÍS  É  ESSE?

CAPÍTULO  2


O  RAIAR  DO  DIA


      Os primeiros raios de sol penetrou de mata adentro e foi direto nos olhos
claros de Anny. Logo que a Anny acordou percebeu que por detrás das folha-
gens rasteiras  perto de uma árvore havia um animal de médio porte se apro-
ximando do senhor Greg que dormia como um bebê.
__Ryan... Ryan... acorde... veja aquilo alí.
__Oh! Que animal esquesito.  
      Num salto rápido e um forte grito Ryan levantou-se enxotando aquele ani-
mal desconhecido por ele.
__Acordem... vamos... acordem todos. Gritava Ryan.
__O quê foi Ryan? Perguntou Marlon assustado.
__Vamos... precisamos sair daqui agora. Arrumem tudo.
__Mas quê diabo estar acontecendo aqui? Enfezou-se o senhor Greg.
__Olha pessoal... tem um animal imenso por aqui... a Anny viu e me acordou
      não deu pra ver direito o que era... parecia uma onça... mas eu não tenho
      certeza. Temos que sair daqui agora.
__Uma onça? Então caimos na américa do sul?
__Talvez sim Marlon... eu não tenho certeza.
__Olha lá... é ela de novo. Gritou Anny.
      Não deu tempo de pegar mais nada e todos correram de mata afora numa 
mesma direção  sem saber pra onde estavam indo.
__Vai Anny... corre... Senhor Greg?
__Não se preocupe comigo rapaz... salve a sua vida.
__Venha... não posso deixá-lo aqui.
      Um estampido ecoou por toda mata e a fera desistiu da caça correndo por
outra picada. Mary e Anny olhavam assustadas para o cano da arma que ain -
da saia fumaça.
__Onde você conseguiu essa arma Marlon. 
__No avião Ryan... claro.
__E por quê você não mostrou ela antes?
__Ora... eu salvei a pele de todos...não salvei? Você deveria estar me agrade -
      cendo por isso. Eu não sei Ryan porque não falei dela antes. Achei que não
      fosse necessário. 
__Vamos...  o importante é que todos estão bem. E se aquilo era mesmo  uma
      onça... estamos no continente americano.
__Olhem... É uma cachoeira. Espantou-se Mary fischer.
__Vamos embora daqui antes que a fera resolva voltar. Disse Ryan.
      A mata era muito serrada porém um lugar lindo. Haviam árvores jamais
vistas por um ser humano. Orquídias gigantes e de cores alucinantes que dei-
xariam qualquer botânico de boca aberta. Anny e Mary   estavam  encantadas
com tantas belezas.
__Meu Deus... isso é um paraíso. Encantou-se Anny.
__Puxa... nunca pensei em ver tanta beleza num lugar só. Adiantou Mary.
__Eu também não... mas precisamos seguir. Alertou Ryan.
      Alí com toda certeza o homem ainda não tinha colocado os pés.  Tudo  era
fascinante. Sob aquela linda cachoeira reinava um rio de águas claras que se-
guia a montanha abaixo. Cantos maravilhosos se ouviam de pássaros que pa-
reciam está anunciando a chegada dos sobreviventes. Alguns primatas pula -
vam de galhos em galhos como se estivem seguindo-os.   Um  deles chamou  a
atenção de Anny.
__Olha Ryan... aquele alí. Ele tem uma coroa amarela no pêlo em sua cabeça.
__É... ele é muito bonito.
__Mas quê lugar será esse?
__Ainda não sabemos Anny... Mas logo vamos descobrir.
      O grupo continuou seguindo em direção a bela cachoeira e admirando tudo
em sua volta.
__Ah!!! Eu não aguento mais... preciso descansar.  Pediu Mary.
__Ok... vamos dá uma parada. Marlon já que você tem a arma fique de olho   e
      me avise se ver algo de estranho.
__Claro Ryan... não se preocupe. Estarei sempre alerta.
__Esse cara é meio estranho não acha Ryan?
__Acho sim Anny... mas não sabemos onde estamos e precisamos de todos  e
      ele tem uma arma.
__Claro Ryan... eu só acho ele esquesito.
__Alguém pode dá uma olhada na minha perda... por favor.
__Claro senhor Greg. Fique quieto que eu vou fazer uma pala. Conseguimos
      pegar no avião  os primeiro socorros. Não vai doer nada. 
__Obrigado meu rapaz.
__Estamos bem perto é melhor a gente continuar.
__Deixa eu terminar aqui com o senhor Greg... Marlon. O corte na sua perna
      está inflamado e depois a gente continua.
      Horas depois os aventureiros seguiram sem destino algum. A intenção  era
encontrar alguma fazenda, alguma estrada, uma cidade talvez.  O interessante
que todos notaram foi que durante toda a noite tiveram de passar por um  frio
danado e naquele momento o calor já estava insulportável. Enfim,  depois   de
tanta luta subindo e descendo montanhas eles conseguiram  chegar  do  outro
lado e deram de frente com a beleza das água caindo de um altura impressio  -
nante. A cachoeira estava bem alí sendo contemplada por todos.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Que País é Esse? Capítulo 1 - A Viagem

NOVELAS  DA  VIDA  

QUE  PAÍS  É  ESSE? 


CAPÍTULO  1 


A   VIAGEM 



      A Viagem estava bem tranquila quando o avião entrou em
uma nuvem escura e a turbulência tomou conta de tudo.
__Ryan o quê é isso?
__Acho que é uma turbulência Anny.
__" Senhores passageiros segurem-se o avião está caindo... 
    A nave passou por entre árvores arrastando galhos e só pa -
rou numa geleira. Uma das asas do avião tinha ficado pra trás
e do mesmo saia uma grande nuvem de fumaça escura e  a cal-
da estava pegando fogo.
__Anny... Anny? Você está bem?
__A minha perna Ryan.
__Oh! Não é nada grave... apenas um corte. Espere um pouco
    eu vou ver os outros.
__Rapaz? Você pode me judar?
__Venha senhor... precisamos deixar o avião... ele pode explo -
    dir a qualquer momento.
__Ei... aqui tem mais um vivo. Gritou outro passageiro.
    Tudo que foi possível foi retirado do avião e os sobreviventes
foram pra longe com medo do pior. Assim que conseguiram en-
trar na mata houve então uma grande explosão.
__Escapamos por pouco. Se não fosse essa mata aqui... estaria -
    mos todos mortos.
__É verdade... ela amorteceu a queda do avião...   sem  contar
    com a ajuda do gelo. Disse Ryan.
__Meu nome é Marlon. 
__O meu é Mary e o do senhor?
__Greg... Greg Morris.
__Olha aqui pessoal... meu nome é Ryan e essa é minha namo -
    rada Anny. Só a gente sobreviveu. Precisamos achar logo um
    lugar pra ficar... pelo jeito a noite já vem e ainda   não  sabe -
    mos onde estamos.
__Será que vamos aguentar esse frio.
__É necessário senhor Marlon. Alí deve ser um bom lugar. Va -
    mos acampar aqui.
    Os sobreviventes não tinham idéia de onde foram parar.  Por
muita sorte ninguém estava ferido gravemente.  Marlon,  era
conferencista e já fazia isso a mais de seis anos. Aos 48 anos ele
era um entusiasta da astronomia.
    O senhor Greg Morris aposentado e palestrante cultural. Foi
um grande professor de história na sua cidade natal e estava in-
do para mais um encontro cultural jovem. 
     A Mary aos seus 36 anos de idade era representante comér -
cial de uma grande empresa e estava de férias  e  iria  curtir no-
vos ares tentando esquecer seu grande amor que havia lhe dei -
xado pela sua melhor amiga depois de quatro anos de convivên-
cia. Estava decepcionada com a vida e pensara até em suicídio o
que não fez por falta de coragem.
    Ryan e Anny estavam apaixonados. Já se passaram dois anos
depois que se conheceram na casa da amiga de Anny.   Molly
que naquele dia fazia 21 anos e o seu pai gastou o que não tinha
com a bela festa. Anny era uma linda garota de 25 anos,  estu -
dante de geologia, meiga, adorava ler e sempre tinha um livro
na cabeceira de sua cama. Era poliglota e filha única. Daí  seus
pais faziam todos os seus gosto e a viagem foi um presente.
      Ryan um jovem de 28 anos estudante ferveroso da astrono-
mia. Achava a maior maravilha que Deus havia criado. A cada
descoberta um salto a mais na sua vida. Era alucinado pela ci -
ência mas não vivia num mundo da lua. As vezes ele tinha pre-
monições e as vezes sentia um vazio imenso na mente. Lembra-
va quase que sempre de uma frase que leu em algum livro.
"Eu que saba de tudo... e não sabia de nada." ra. Além da ciên-
cia Ryan também estava apaixonado pela linda Anny.
      A noite chegou e o frio aumentou ainda mais. Cada um pro-
curou um lugar pra dormir ou pelo menos tentar dormir. Ouvi-
asse uivos, mas os sobreviventes estavam tão cansados que nem
se importaram e se entregaram de uma vez nos braços de mor -
feu e a escuridão tomou canto do lugar.

                                       X          X          X


                                             

domingo, 25 de janeiro de 2015

EM    NOVELAS  DA  VIDA   -   BREVE  

2019 será mesmo o Fim do Mundo??? Os cientístas da NASA estão certos quanto a isso??? A Terra real-
mente é oca??? Mistério. Um fato é certo.  Aconte   -
ceu uma vez na época dos dinossauros e vai aconte -
cer de novo... a questão é... QUANDO? Os cientístas
dizem que o final da humanidade já começou   e  faz
tempo... e isso é irreversível... e tudo começará  por
volta de fevereiro de 2019. Será? Você não pode per-
der mais uma emocionante história onde a ficçaõ se
entende com a realidade. " QUE  PAÍS  É  ESSE? " 
Você conhecerá uma estrela país onde a realidade é
imposta pelo seus ocupantes. S I R I U S. Bem vindo
a borda. Aguardem. ra.

sábado, 24 de janeiro de 2015

      NOVELAS  DA  VIDA  



MARCOS - O MENINO PERDIDO 



CAPÍTULO  10  - ÚLTIMO CAPÍTULO





       Já passava do meio dia quando o doutor Paulo Borges chamou Marcos. A movimen-
tação do hospital tinha diminuido mas ainda estava cheio de doentes   espalhados   pelos
corredores e uma assistente nervosamente pedindo calma.
__É o senhor Marcos? E quem é ele?
__Ah, eu sou Marcos e esse é um amigo que veio me trazer até aqui.
__Venham... vamos até a minha sala.
__Pois não doutor... eu estou anicioso pra...
__Bem, sentem-se. Eu lamento rapaz... mas eu não tenho uma boa notícia pra lhe dar.
__Por favor doutor... me diga logo o quê houve... ela piorou foi doutor?
__A sua mãe faleceu hoje as três horas da manhã. Eu lamento muito rapaz... fizemos  tu-
    do que podemos... mas...
__Por quê eu não fui chamado aqui antes doutor?
__Bem... ela já estava mal a muito tempo. Tinha hipertensão... vivia se lamentando da vi-
    da e ainda tinha diabete. Eu sinto muito Marcos.
__Mas doutor... por quê... por quê?
      Foi necessário que uma enfermeira solicitada pelo doutor Paulo Borges lhe  desse  um
calmante.
__Eu sei que é muito duro ouvir isto rapaz, mas é a vida. Eu luto com isso todos os dias  e
    sei que não é nada fácil. Qual o seu nome mesmo rapaz?
__É joca doutor. A gente trabalha junto.
__Olha quando ele se acalmar um pouco me procure para que eu possa liberar o corpo de-
     la.
__Está bem doutor.
      A noite penetrou naquela pequena cidade trazendo um chuva miuda e Marcos triste no
lado o corpo da sua querida mãe. Pensava consigo mesmo. " Que vida desgraçada, traçoei-
ra. Depois de todos esses anos tentando encontrar a minha mãe e quando a encontro ela es-
tar morta. Não podia esperar mais um pouco para que eu pudesse abraçá-la e dizer Benção
mãe? E ouvir ela responder. Deus te abençoe meu filho. Mas não teve de levá-la bem na ho-
ra que eu estava pertinho dela. Que porcaria de vida ."
__Marcos... Marcos?
__Oi Joca... é que eu estava com o meu pensamento longe.
__Olha... o pessoal aqui pediu pra gente se retirar... eles precisam arrumar o corpo e vão fa-
     zer tudo que você pediu. Eu também já liguei lá pra firma e avisei. O quê você   precisar
     estarei aqui.
__Obrigado Joca... você é um grande amigo mesmo cara.
__Logo estará tudo pronto e viajaremos pela manhã... estar bem?
__Tá bom. Obrigado.
    

                                                     x       x      x


                                              DOIS  ANOS  DEPOIS

__Até que enfim vou visitar a minha cidade Barreiros. Como será que ela estar? E a Graci-
    nha a minha namoradinha? Será que ela vive lá ainda? Olha cara eu já tive algumas ga -
    rotas, mas não consigo esquecer dela. 
__Marcos... você agora é um homem de negócio. Já comprou até o seu carro. Já tá na hora 
    de se casar... ter filhos... construir uma família.
__Souza... você é um bom assistente. Também é meu amigo, mas já ví que não entende nada
    de amor cara. A gente pra se casar tem de encontrar a pessoa certa. No meu   caso   por
    exemplo. O amor da minha vida sempre foi a Graçinha. 
__Você acha que ela ainda está lhe esperando Marcos.
__Não sei Souza, mas gostaria muito sabe.
__É... mais depois de tanto tempo assim né. 
__E você acha que eu estou pra Barreiros só pra visitar a minha cidade é?
__Já entendí então. Tirou essas férias já pensando nisso em?
__E então cara... é isso aí.
     Durante esse tempo Marcos tinha saido da firma e abriu seu próprio negócio. Comprou
um pequeno caminhão e faziam entregas de grandes lojas da região. O negócio   foi  muito
pra Marcos que lhe rendeu de imediato a compra de um apartamento de dois quartos   e  o
seu carro. Chegou a sua cidade às dez horas da manhã. A viagem seria curta pois não pode-
ria ficar muito tempo longe do seu negócio. E logo foi até a vila onde a Graçinha morava.
__Nossa como isso aqui estar mudado. Tá vendo aquela casa alí Souza? Era só mato e do ou-
    tro lado tinha um campo de futebol. Meu Deus... que saudade... dar vontade até de chorar.
    Foi aqui que eu morei e passe a minha infância Sousa.
__É rapaz curta bastante, isso é muito bom.
__Olha... era alí que ela morava.
__E então cara... o quê estar esperando?
__Eu tô com medo... tá me dando uma suadeira danada.
__Que medo que nada cara. Vai lá eu te espero aqui.
      Marcos tomou coragem desceu do carro e foi até a porta da antiga casa. Mudou muito 
pouco, apenas fizeram uma puxada lateral e um cachorro magro foi quem deu a recepção.
__Cala essa boca Pretinho... Vá lá pra dentro... vai logo. Pois não senhor o que deseja?
__Desculpe senhora... eu estou procurando por Graçinha.
__Aqui não tem nenhuma Graçinha senhor... é só eu e meu velho.
__É que ela morava aqui nessa casa... faz muito tempo sabe.
__Olha moço essa pessoa que procura... se for a que eu estou pensando está morando lá per-
    to do velho engenho... perto do rio...
__Ah, senhora eu sei aonde é... muito obrigado em?
__Por nada moço... é cada um que aparece aqui.
__Vamos Souza. Acho que sei onde ela mora agora. Na minha época era também uma peque-
     na vila que ficava bem na frente do rio que a gente brancava. Bem alí... me espera aqui.
__Vai lá Marcos e boa sorte.
__Olá... você conhecer...
__Pois não moço?
__Oh! Me desculpe. Eu estou procurando por Graçinha ela morava lá em baixo e...
__Eu sei quem é Graçinha.
__Sabe... como assim?
__O quê o senhor quer com ela?
__Eu sou um amigo. Amigo de infância. Eu morava bem ali e...
__A Graçinha estar casada moço. Casada com o meu filho Robson. Já tem três filhos e devi-
     do a falta de emprego aqui eles foram para São Paulo. Faz tempo que não me escrevem.
__Ah...me desculpe senhora por incomodá-la.
__Agora o senhor me dê licença que eu preciso fazer o almoço.
__Bom dia senhora.
__E aí Marcos... o que houve? Que cara é essa cara?
__Vamos embora daqui Souza... não quero voltar mais nunca nesse lugar.
__Espera aí cara. Me conta o quê houve... eu quero saber... e além do mais estou faminto.
    A gente vai almoçar não vai?
__Claro Souza... eu também estou com fome. Saindo da cidade lá na estrada tem uma chur-
     rascaria. Lá eu te conto.
      A churrascaria estava bem movimentada e o rodízio foi a pedida certa. Uma garota que
estava na mesa ao lado com uma amiga não tirava os olhos de Marcos.
__Cara essa garota não parar de olhar pra você.
__Você acha é?
__Marcos ela tá vindo pra cá.
__Vocês me dão licença?
__Claro fique a vontade. Disse Marcos.
__É que eu e a minha amiga alí estamos viajando para Porto de Galinhas. Vocês são daqui?
    Eu quero dizer... vocês podem nos orientar?
__Claro... por quê não chama ela pra nossa mesa. Você podem ficar aqui com a gente. Aliás,
     estamos indo naquele direção.
__Oh sim. Eu me chamo Cintia ela é a Andreza.
__Marcos... ele é o Souza. Prazer em conhecê-la.


                                                                     F I  M


    AGUARDEM A PRÓXIMA NOVELA EM  NOVELAS  DA  VIDA   -    RA

    


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

NOVELAS  DA  VIDA  


MARCOS - O MENINO PERDIDO


CAPÍTULO  9 






      O dia amanhecera lindo, ensolarado e Marcos não conseguiu dormir e 
só pensava na sua mãe. Depois de tanto tempo, as lembranças flutuavam
em sua mente e nem sabia direito o que diria pra ela ssim que a visse. Seu
colega Joca a pedido de Marcos também fora liberado pelo seu chefe  para
acompanhá-lo. Estava muito nervoso e contava as horas pra chegar   logo
ao seu destino. Seu amigo Joca estava muito ancioso em conhecer   a   mãe
do seu melhor amigo de trabalho e mandou dá um geral no carro. Marcos,
coçava a cabeça, estalava os dedos das mãos, arruma a camisa, olhava para
o tênis pra ver se realmente estava limpo, era só alegria. Mal Joca estacio -
nou seu carro e Marcos saiu em disparada pra porta da ong dos desapareci-
dos.
__Eu quero falar com dona Joice... ela estar me esperando.
__Oh, sim, pode entrar. Vá direto na sala dela. É a segunda porta à direita.
__Obrigado... vamos Joca.
__Sim... pode entrar.
__Eu sou o Marcos e esse é o meu amigo Joca. Trabalhamos juntos.
__Prazer... podem sentar... Vocês estão de carro sim?
__Estamos senhora.
__Bem... eu até que gostaria de ir com vocês para esse encontro,  mas  um
      problema de última hora faz com que eu não possa ir. É minha filha sabe.
      Ela passou a noita todinha ontem com febre... logo cedo eu a levei para  o
      médico e só estava esperando vocês... logo em seguida voltarei para o hos-
      pital.
__Espero que ela se recupere logo dona Joice.
__Obrigada Marcos. Bem, vamos ao o que interessa. Olha... o endereço estar
      aqui. Vocês devem levar umas duas horas mais ou menos pra chegar lá.  O 
      hospital fica bem no centro da cidade. Vocês vão procurar o doutor Paulo
      Borges. Ele é quem estar tratando da sua mãe pelo menos   é   o  que   nós
      acreditamos de acordo com tudo que você nos forneceu.
__Mas é ela mesma dona Joice... eu tenho certeza que é... tá tudo batendo di-
      reitinho.
__É o que desejamos Marcos. Pronto... aqui estar tudo que você vai precisar.
      A nossa parte já foi feita agora é com você rapaz. Desejamos boa sorte.
__Eu nunca vou me esquecer da senhora, dona Joice. Muito obrigado mesmo.
__Esse é o nosso trabalho. Olha, quando ela tiver alta do hospital... traga  ela
      aqui pra que toda ong possa conhecê-la.
__Com toda certeza dona Joice. É o primeiro lugar que vou trazer ela.
      Os amigos se despediram da dona Joice e seguiram viagem rumo ao encon-
tro de dona Rita. Ainda era muito cedo e a estrada estava tranquila.   Marcos
continuava nervoso.
__Não dá pra correr mais um pouco Joca?
__Calma Marcos... eu já estou a mais de cem... você esperou tanto tempo...fica
      tranquilo... a gente chega já.
__É que eu não vejo a hora de abraçá-la Joca.
__É eu sei cara... eu imagino como você deve estar se sentindo.
      O tempo passou rápido e duas horas depois a pequena cidade apareceu. Co-
mo na maioria das cidades do interior a avenida principal é a porta de entrada.
__Pronto cara chegamos... agora é só achar o hospital.
__Joca dá uma paradinha aqui. Senhora? Onde fica o hospital?
__Pode ir em frente... depois da borracharia... o senhor entra a esquerda... aí
      o senhor vai ver logo... Tem um pé bem grande de cajarana de lado.
__Obrigado senhora.
      Chegando no hospital Joca teve dificuldade para estacionar seu carro.   Ti -
nha gente pra tudo que é lado. Mulheres grávidas aos montes. Barracas   ven -
dendo de tudo. Pessoas idosas sentadas no chão esperando pelo atendimento.
A rua toda esburacada e cheia de lama. Tinha um cara vendendo galinhas  do 
outro lado de uma pequena ponte e um outro com um bode amarrado na corda
bebendo cachaça com o argumento que iria almoçar.
__Nossa... que lugar é esse Marcos.
__Vou tirar a minha mãe hoje mesmo daqui. Que loucura.
      Marcos se identificou na portaria e foi informado que o doutor Paulo Borges
ainda não tinha chegado. 
__O senhor pode esperar alí fora. Quando ele chegar eu aviso.
__Qual é a hora que ele chega?
__Bem, o horário dele chegar é de oito horas... mas as vezes atrasa um pouco.
__Obrigado... vem Joca, vamos ficar lá fora... aqui tá muito quente.
__Cara ela falou oito horas. Atrasa um pouco... já passa das onze Marcos.
__É amigo... esse é o nosso país e não podemos fazer nada.


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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Afonso - o rEVOLTADO



__E aí Afonso? Sempre pitando e tomando um arzinho aqui na praça em?
__Pitando sim Jorge, mas não tô tomando nada.
__Hum... já vai começar é? Mas me conte as novidades.
__As mesmas de sempre. Insistem em dizer  que o Brasil foi descoberto e que...
__Espera aí Afonso... e o Brasil não foi descoberto? A gente aprende isso ainda no
    primário.
__Claro que não né Jorge. Aquele pessoal das caravelas quando chegaram aqui
    o Brasi já era habitado pelos índios.
__Sim Afonso, mas...
__Mas nada Jorge. Nesse país não dá pra entender nada.
__Como assim Afonso?
__Veja bem. Na casa da cultura tem painel pra e tirar foto com lâmpião, mas
     não tem pra tirar foto com a volante. Nos interiores dos estados tem prefeitos e
     vereadores, mas os doentes são mandados para suas capitais porque não tem 
     hospitais lá. 
__É verdade Afonso. Nisso aí eu tenho que concordar com você.
__E tem mais. A caixa preta do avião é laranja. Nos mercados eles vendem carnes
    com a data de vencimento vencida e no futebol o erro do juiz não pode ser repa-
    rado pela tv e eu é quem sou revoltado é? É por isso que eu digo... vamos conti -
    nuar pitando Jorge. Rá rá rá.


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NOVELAS  DA  VIDA  

MARCOS - O MENINO PERDIDO


CAPÍTULO  8







      De repente um cavalo atravessa na frente da carreta e Marques de susto
freia bruscamente deixando a carreta atravessada na pista.  Faltou  muito
pouco pra bater no cavalo. Marcos bateu com a cabeça no peinel  e  caiu  no
salão da cabine. Marques ainda atordoado desperta e passa a mão pelo ros-
to lamentando a triste cena que poderia ser pior ainda. Por  sorte  naquele 
momento não passava carros.
__Marcos... Marcos... você estar bem?
__Oh, o que aconteceu... quem é você?
__Um desgraçado de um cavalo atravessou na minha frente... quase   mato
      ele... fica quieto aí que eu vou tirar a carreta da estrada.
__Eu tô com sede.
__Pronto... agora vamos ver como você tá.
__Minha perna tá doendo.
__Olha só o que eu fui arrumar... vai atrassar minha viagem.
__Mas eu não tenho culpa senhor.
__É claro que não Marcos. Aquele cavalo miserável é o culpado. Já pensou
      se esta carreta tomba?
__Minha perna...
__Vem senta aqui... deixe sua perna estirada... acho que só foi uma pancada
      que você levou... vou te levar direto pro posto de gasolina   é  logo  alí   na
       frente. Deve ter algum posto médico por  lá e aí alguém vai olhar   a   sua
       perna... ok?
       O caminhoneiro estacionou desceu e foi imediatamente perdir informa -
ções no posto.
__Olha... tem algum posto médico por aqui?
__Só lá no centro da cidade... o senhor estar passando mal?
__Não, não. É um garoto que estar na carreta... ele estar com  a  perna  ma -
      chucada e precisa de um médico.
__É grave senhor?
__Não... acho que não. É que ele estar sentido dores.
__Olha, faço o seguinte. Aquele moço alí é o Ramos ele tem um taxi e pode 
      levá-los até o posto médico na cidade, fica perto daqui.
__Tá bom... eu vou falar com ele. Obrigado.
      Já no posto médico Marcos foi atendido na emergência e não foi nada  de
grave. Apenas um pequeno inchaço.
__Pronto rapazinho... não vai ser preciso nem tomar injeção. Disse o médico.
__Eu não tenho medo de injeção.
__Hum... me parece que você é muito corojoso em? Compre   essa   pomada e
      aplique nele de seis em seis horas e esse comprimido é para aliviar a dor.
      Amanhã ele já vai se sentir melhor. O senhor é o pai dele?
__Não... eu...
__Ele é meu tio doutor. Antecipou Marcos todo contente.
__Bem... vocês estão liberados... próximo.
      Marcos saiu de mãos dadas com Marques que estava surpreso com o meni-
no que lhe deu carona. 
__Por quê você mentiu pro médico?
__Ora porque o senhor me trouxe até aqui e foi a melhor pessoa  que  eu   co -
      nhecir até agora. Eu quero continuar viajando com o senhor.
__Olha Marcos presta atenção. Eu não sou seu tio. Você me pediu pra lhe dei-
      xar em Recife e é isso que eu vou fazer... não vai querer me complicar não 
      é garoto?
__Complicar o senhor.
__E para de me chamar de senhor.
__Tá bem Marques. Você já fez muito por mim.
      A carreta pegou a estrada novamente  e Marcos todo emburrado só olhava
pra frente.
__Ah, o quê foi? Não vai falar mais comigo é garoto?
__Eu quero viajar com você Marques.
__Mas você sabe que não pode. Estamos chegando e eu te desejo muita sorte.
      A despida foi de choro. Parecia que Marques era mesmo seu tio. Ele estava
carente, confuso e não tinha pra onde ir. O homem da carreta   ainda  foi mais
gentil com Marcos.
__Toma aqui garoto é pra você almoçar e guarde o restante você vai precisar
      até encontrar a sua mãe. Até outro dia Marcos.
      O menino perdido só parou de chorar depois que a carreta do homem bom 
sumiu na estrada. A tarde continuou com o sol forte e a fome apertou. Marcos
resolver fazer o que seu amigo de estrada falou.
__Moço eu quero almoçar.
__Tem dinheiro pra pagar garoto?
__Sim... toma aqui.
__Muito bem... o quê vai querer? Temos...
__Eu quero galinha assada senhor.
__Hum... está bem. Estar sózinho garoto?
__Não... meu tio estar lá no posto me esperando eu só vim comer.
__Pois não... eu volto já.
 
                                                           x       x       x

                                  DEZ ANOS DEPOIS


__Marcos? Telefone pra você.
__Sim quem é?
__Marcos? Marcos Alvarenga?
__Sim.
__Quem fala aqui é Joice da ong desaparecidos. Você nos pediu ajuda pela
      internete... lembra?
__Ah, sim já faz muito tempo.
__Bem, conseguimos localizar uma pessoa que talvez seja a sua mãe... não 
      temos certeza... mas pelos dados que você  nos passou pode ser ela e es -
      tar mais perto do que você imagine. 
__Então me diga logo onde estar.
__Segundo a pessoa que nos atendeu pelo telefone ela estar muito doente e
      quer ver o filho antes de morrer. Você terá que fazer   uma  pequena via-
      gem... entendeu Marcos? Marcos? Marcos?
__Aqui é Joca. Ele estar em pranto aqui... não tem condições de falar. 
__Quem é você?
__Eu sou amigo dele aqui no trabalho, estamos trabalhando juntos a mais
      de cinco anos. Espere um pouco.
__Dona Joice me desculpe é que...
__Não se preocupe Marcos... eu entendo e espero que seja a sua mãe mesmo.
__O quê eu devo fazer?
__Olha, se você quiser amanhã mesmo iremos até lá.
__Claro que sim dona Joice e muito obrigado em?
__Não há de que Marcos. Amanhã logo cedo venha até aqui. Anote aí.


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