Novelas da Vida

Histórias Fa ntásticas

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

NOVELAS  DA  VIDA  


MARCOS - O MENINO PERDIDO


CAPÍTULO  7  



      O homem desconhecido levou Marcos até um 
posto de gasolina onde do outro lado tinha um restaurante onde os  cami-
nhoneiros faziam suas refeições. Pediu ao garoto para esperar   e  entrou
em um recinto que parecia estar abandonado. Marcos já desconfiado  com
o homem lhe seguiu e viu o mesmo em um telefone publico.   Passou    por
baixo de um caminhão caçamba de cor azul anil que alí estava estacionado
para manutenção e se ergueu perante um pequena janela   para   escutar  a
conversa.
__Sim... eu já falei... ele deve ter nove ou dez anos. 
__E quanto a sua saúde? Perguntou a voz do telefone.
__Ah sei lá... me parece boa... ele só estar um pouco sujo. Você  me  pediu
      um garoto com essas características não foi? Eu já achei. Vai querer  ou
      não? Eu não vou poder ficar com ele por muito tempo.
__Estar bem... eu já estou indo.
__Ver se a senhora não demora em?
      Foi nesse momento que Marcos pensou. "Deve ser a dona Nina... eu  pre-
ciso sair daqui". Correu até o posto e pediu ajuda a um dos bombeiros.
__Senhor... pra que lado fica Recife?
__É daquele lado alí.
__Muito obrigado senhor.
__Ei garoto... você não vai a pé pra lá, vai?
      Marcos saiu em toda disparada e só parou quando começou a salivar. Es -
tava cansado. Parou na beira da estrada e sentou pra descansar.  A  estrada
não estava tão movimentada naquele dia e Marcos continuava a pedir carona.
   Um carro todo preto parou alguns depois. O alívio veio com a expressão.
__Graças a Deus uma carona.
__Entre garoto... estou indo pra Recife. Você quer uma carona.
__Oh, sim senhora... muito obrigado.
__Eu uma vez por semana vou até lá fazer compras... você deu sorte em  me
      encontrar. As pessoas aqui não costuma dá carona.
__É que eu estou procurando a minha mãe senhora.
__Ah, você estar perdido é?
__É sim. Já faz bastante tempo que...
      O celular da madame toca e... "Eu não conseguir achar ele"
__Ah, não se preocupe Peter eu já o achei... vá lá pro salgueiro e me espere.
      Aquelas palavras que a madame deixou escapar despertou a mente do me-
nino perdido. Quase que entrava em desespero mas lembrou que estava den-
tro do carro e não teria chance nenhuma. Obtou em usar a inteligência.
__A senhora perdeu algo foi?
__Oh não, é que o imprestável do Peter nunca faz o que eu mando.  Olha só...
      vamos ter que voltar ao posto... agora que me lembrei que deixei a minha
      bolsa lá. Mas, não se preocupe... é rapidinho.
      A madame de óculos escuro e um vestido opaco com rendas  nas  mangas
deu meia volta e nesse momento Marcos gelou. Dois quilômetros depois eles
passaram por um caminhoneiro que parecia estar verificando os pneus. 
__A senhora pode parar o  carro eu estou apertado?
__Agora não... já estamos chegando.
__Por favor... eu preciso.
__Não dá pra aguentar mais um pouco?
__Não dá não senhora... eu acho que vou fazer aqui.
__Tá bom... tá bom... mas não demora em?
      Marcos entrou na mata e num piscar de olhos disparou por dentro da ma-
ta em direção ao caminhoneiro. A madame impaciente   resolve  descer   do
carro para averiguar.
__Senhor... senhor. Pode me dar uma carona.
__Ei rapaz, calma ai. Viu algum  fantasma na mata foi?
__É eu ví sim senhor... e parece que é uma mulher.
__Garotos... sempre com a imaginação solta.
__O senhor vai me dá uma carona/
__Você tá indo pra onde?
__Pra Recife senhor.
__Ah, é uma pena. Eu não estou indo pra lá... quer dizer vou passar perto.
__Serve senhor... por favor.
__Olha vou ter que te deixar na estrada em?
__Tá bem senhor... eu quero assim  mesmo.
__Vai entra aím vai.
__Puxa como é alto aqui em?
__Você nunca andou de caminhão?
__Já sim senhor. Foi lá no engenho. Mas esse aqui é muito grande.
__É verdade... você vai passear agora em uma carreta garoto. Vamos nessa.
      Marcos se abaixou e ficou imóvel por alguns segundo. O carro preto esta-
va vindo em sua direção e passou por eles lentamente.
__O quê estar fazendo garoto?
__Oh, desculpe. É meu pé que estar doendo muito.
__Você deve ter torcido ele lá na mata.
      De repente o carro preto volta bem devagarinho e Marcos repete   o   seu
truque.
__Oh, rapaz. Tá doendo assim é?
__Eu acho que agora estar melhor.
__Alí na frente tem um lugarejo... talvez tenha alguma farmácia.
__Oh, não senhor... não precisa não... pode ir direto.
__Você é estranho em garoto? Eu me chamo Marques e você?
__Marcos.
__Eu tenho um sobrinho com esse nome e sabe o quê ele quer ser quando 
      crescer?
__Caminhoneiro?
__Não. Quer ser jogador de futebol.
__Ah, eu queria ser caminhoneiro como você.
__Seu pai é caminhoneiro também?
__Não... meu pai já morreu.
__Oh, eu sinto muito. Quem sabe você ainda não irá dirigir uma belezinha
      dessa e desbravar o país inteiro.
__É eu gostaria muito.
__É simples garoto. Primeiro você tem que esperar crescer e se tornar adul-
      to. Depois é só tirar a carteira de habilitação e... Marcos???
      Marcos já tinha adormecido. Estava cansado demais. A sua sina   era   de
muita aventura e o Marques deixou que dormisse em paz. Sua mente flutuou
pelo um instante e se lembrou de quando criança passou por tantas  aventu -
ras antes de se tornar o homem do volante. O sol firme   e  Marque vez ou ou-
tra piscava os olhos. A carreta estava pesada demais e o carregamento era de
material imflamável. Precisava parar um pouco para descansar pois tinha ro-
dado a noite inteira e o pial que tinha tomado na noite passada  já  tinha  pas-
sado o efeito. O mormaço do meio dia é de fritar ovos no asfalto. A  vertigem
estar sempre presente e todo cuidado é pouco.


                                                     x          x          x

Nenhum comentário:

Postar um comentário